17.8.06

Minhas férias ;P

Monotonia: nessa palavra sempre se resumiram as minhas férias. Nunca tinha nada para fazer, pois todos os meus amigos viajavam, meus pais trabalhavam e eu ficava sozinha. Esse ano as coisas melhoraram consideravelmente. Ainda está longe de ser as férias dos filmes de adolescentes norte-americanos, com bicicletas, amigos, festas, namorados e muita diversão, mas dá pra adaptar a fórmula pra um cotidiano porto-alegrense do século 21. Ok, pra isso faltaram algumas coisas ainda, mas já tem a presença dos amigos, ao menos. Algumas festas, alguns telefonemas e muitos e-mails e conversas pelo MSN (é aí que entra o diferencial do século 21) fizeram a alegria dessa que vos fala.
Sem querer ser injusta, devo acrescentar vários acontecimentos desses 30 dias em que fiquei afastada (ou quase afastada) da Fabico e que tornaram essa folga menos entediante. Comecei as férias gripada, mas logo melhorei. Minha brilhante capacidade de dedução me leva a crer que isso tem relação com as constantes mudanças climáticas por que estamos passando. Baixei todo o armário pra não passar frio nem calor. As pessoas destróem com o meio ambiente e ele se revolta, tadinho... Frio demais, calor na hora errada. Tá, voltemos ao foco. Não gosto de frio, mas esse ano nem dá pra reclamar muito, ele não durou muito tempo, e sempre tinha minha cama com meu edredom...
Desde o primeiro dia do nosso recesso, fui praticamente obrigada a escrever relatos diários contando as minhas atividades para enviar a meus amigos que estavam longe e não tinham outra forma barata de manter contato (ou até tinham, mas não tavam nem aí, eu tinha q escrever). Dessa forma, durante o tempo em que eu consegui manter o ritmo diário, me forcei a exercitar um pouco minha capacidade de escrever alguma coisa interessante. Ainda acho que eu não tenho tal capacidade, mas meus amigos, justamente por serem meus amigos, leram todas as minhas composições prolixas e sem-graça. Brigada, gente! Vou citar vocês no agradecimento do meu primeiro livro.
Li pouquíssimos livros, em comparação aos vários que eu havia planejado, mas foram alguns dos melhores livros que eu já li. Fui no cinema só uma vez, apesar de ter tentado combinar com diferentes pessoas pra ver mais alguns filmes. Também aluguei alguns DVDs, que contribuíram pra incrementar o cardápio cultural das minhas férias (que acaba por aí, elas foram um tanto medíocres). Vi um pouco de televisão também, mas bem menos do que eu era acostumada quando eu era menor (é, as minhas férias eram bastante sem-graça mesmo, além de sedentárias). A novidade é que assisti também futebol. Essas férias me fizeram lembrar que eu sou colorada. Vi meu time chegar à final das Libertadores, me fazendo voltar a vestir a camisa, literalmente.
Passei as férias procurando estágio, depois de frustrantes seis meses trabalhando na redação do jornal O Sul. Como as oportunidades não querem obedecer aos meus horários (desculpa pra não dizer que eu simplesmente não sou chamada...), continuo desempregada. Até fiz um teste na Band AM e News FM, mas percebi que seria só um teste quando reparei que eu era a única que não tinha nenhuma experiência com rádio e nunca tinha feito uma reportagem. Continuo à procura.
Algumas novidades se abateram sobre o meu cotidiano. Pela primeira vez na vida, cozinhei quase que diariamente. Nada de cardápios muito elaborados, mas até apetitosos. Uma vez por semana, no entanto, ia almoçar no RU, pra depois encontrar os poucos remanescentes em Porto Alegre pra jogar sinuca no Dacom. O mais incrível é que eu não desisto de tentar fazer aquele monte de bolas cair em algum dos seis buracos da mesa, apesar da minha enorme descoordenação. Enfim, é divertido, mesmo errando. Também com esses poucos que continuavam por aqui, saí algumas vezes. Comemoramos uns aniversários ou simplesmente saímos pra beber (eles, claro, porque eu não bebo...).
Se por um lado senti falta dos amigos que estavam longe nas férias (um mês parece pouco, mas é um montão longe desse pessoal), por outro matei a saudade de pessoas que fazia anos que eu não via. Encontrei meus ex-colegas do colégio, descobri que as pessoas estão diferentes, mas, paradoxalmente, continuam iguais (bonito isso, não?). Descobri que eu ainda gosto deles, mas entendi por que a gente fica tanto tempo sem se falar. Dá pra entender?
Além dos amigos, passei um bom tempo com a minha família, em Caxias. Não foram muitos dias, mas o suficiente pra matar a saudade sem querer sair correndo. Lá, como sempre em qualquer família italiana, comi muito e muito bem, o que me lembra a dieta que eu comecei nas férias e que já me rendeu algum (mísero) resultado.
Terminando de escrever, percebo que as minhas férias até foram interessantes. Tá, poderiam ser melhores, mas acho que não posso reclamar. Não fiquei ansiosa pela volta as aulas, mas fiquei feliz quando elas recomeçaram. Ou seja, acho que foi tudo no tempo certo (naquelas...).

3 Comments:

Blogger Alexandre Haubrich said...

o cris
1)e tu ainda reclama das tuas ferias...fez coisa pra kramba pow...
2)naum bebe neh...
3)cimento social (bonito isso tbm)

19/8/06 02:31  
Anonymous Anônimo said...

Babe! Eu não te obriguei a escrever os relatos, apenas incitei gentilmente... E qt a sinuca tenho dúvidas a reséito da tua descordenação. Pra mim tu é um talento nato a ser descoberto.

19/8/06 20:13  
Anonymous Anônimo said...

oie...
bem...vc ta me lembrando as ferias q eu tnha qdo + nova...ainda as vivo...+ como sou meio louca (e axo q fikei assim p mudar td a minha volta)eu vo inventando coisas diferentes p fazer td o tempo...
as vzs é bom 1 calmaria...
+ nem sempre ne...
bj...

9/6/08 10:25  

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